Embraiagem queimada: Descubra como diagnosticar e prevenir

Responsável pela conexão do motor à caixa de velocidades, a embraiagem é um dos elementos mais importantes na mecânica de um veículo com caixa manual. Sendo uma das peças de maior desgaste, por estar sempre a ser utilizada, com o decorrer do tempo a sua substituição é inevitável. O normal é fazê-lo entre os 120.000km e os 180.000km, mas um estilo de condução indevido pode forçar a mudança muito mais cedo.

Sintomas de uma embraiagem queimada

- Pedal rígido

- Quando coloca o pé na embraiagem, depois de o carro estar a trabalhar, e sente que ela está demasiado dura, isso poderá querer dizer que a mesma está danificada.

- Dificuldade em trocar de mudança

- Se quando troca a mudança existe alguma resistência ao fazê-lo, pode ser sinal de que a embraiagem queimou ou que está muito perto disso. Normalmente é mais fácil sentir isto em primeira ou a fazer marcha atrás.

- A patinar e/ou a fazer ruídos

- Outro dos sintomas é quando a embraiagem começa a patinar ou a fazer ruídos. Numa subida, você sente que o carro ficou sem força, mas a rotação do motor aumentou muito. Isso significa que sua embraiagem está desgastada e possivelmente queimada. Geralmente, depois desta situação, o disco da embraiagem exala um cheiro característico de amianto queimado, que permanece por algum tempo dentro e fora do veículo.

- Pedal sem curso

- O carro deve começar a movimentar-se quando o pedal da embraiagem estiver na metade do seu curso. Se o carro anda apenas com o pedal muito em cima, é sinal de que desgaste é grande.

- Carro a trepidar

- Se, ao mudar de velocidade, o carro trepida, pode ser sinal de empenamento do prato ou do disco de embraiagem.

Como prolongar a vida útil da embraiagem

A “morte” da embraiagem é certa, mas um “estilo de vida” correto pode prolongar a sua vida. Quando existe um uso inadequado da embraiagem por parte do condutor, isso faz com que exista um maior desgaste das peças automóveis. Algumas das causas de desgaste prematuro são uso de marcha alta com velocidade baixa e as reduções bruscas de velocidade.

Outro hábito nefasto é conduzir com o pé sempre em cima do pedal da embraiagem. Ao apoiar o pé no pedal, ainda que de forma ligeira, pressiona as molas existentes na embraiagem e o disco não fica conectado de forma correta com o volante do motor. Isso origina aquecimento excessivo do disco e a sua perda de eficácia.

Dominar o ponto de embraiagem numa subida pode ser uma prova de perícia de condução. No entanto, é um procedimento prejudicial para o funcionamento da embraiagem, pois provoca um desgaste muito acentuado no disco, sendo aconselhável a utilização do travão de mão.

Outro ponto a ter em atenção é que se deve sempre respeitar os limites de carga impostos pelo fabricante automóvel -com a carga certa, a embraiagem não é obrigada a fazer esforços suplementares.

Evite arrancar com a segunda velocidade engatada, pois isso prejudica o funcionamento da embraiagem e obriga o seu automóvel a um maior consumo de combustível. Também deve evitar os arranques e as reduções bruscas, assim estará a poupar combustível no seu veículo e a preservar a embraiagem do mesmo.